terça-feira, 6 de maio de 2014

A EUROPA PROFUNDA
"Espanha profunda" é uma expressão muito usada na Espanha para definir ou tentar explicar muitas coisas estranhas que ainda ocorrem nas milhares de pequenas cidades e povoados do interior. É uma expressão que poderia ser ampliada a todo o continente.
Através do livro transformado em filme (1969), "O segredo de Santa Vittoria", comedia ambientada na Italia por ocasião da morte de Mussolini, protagonizada por Antony Quinn, nos encontramos com uma fiel descrição dessa Europa profunda,  nesse caso Itália.
Morre Mussolini e a cidade perde seus governantes fascistas que são levados à prisão.  Um ex-bajulador do fascismo (não por convicção mas por conveniencia), acostumado a embriagar--se, sobe na caixa d'agua do vilarejo e ao ser salvo por seu genro é aclamado pelo povo (que na verdade estava tentando animá-lo para ter coragem para descer) e acaba por ser aclamado novo prefeito.
Passados alguns dias chega a notícia de que os alemães estavam vindo à cidade para levar todo o estoque de vinho que mantinha vivo o povoado, um milhão e trezentas mil garrafas. Toda a história transcorre entre hilarias estratégias de um povo acostumado a brigar entre si mas que agora se une no propósito de enganar aos alemães.
Entre risadas e romantismo (o prefeito e sua mulher se odiavam, por causa das bebedeiras do senhor edil) nos deparamos com os fundamentos que lidamos, como missionários,  nestas pequenas cidades e povoados espanhóis e europeus.
Santa Victtoria na verdade elucida a capa que os turistas e recém chegados na Europa conhecem. O povo mostra o que é mais conveniente, uma típica tradição de uma Europa que se acostumou a viver sob dominadores,  como romanos, bárbaros,  árabes ou ditadores.
Os mais antigos dizem que ao viver aqui menos de una década, o que se conhece da Europa é a cortina de fumaça e não sua essência.
Há 12 anos,  as estatísticas falavam em 500 mil evangélicos espanhóis e na última estatistica divulgada,  apesar dos cinco milhões de imigrantes que chegaram enchendo as igrejas, avançamos a um pouco mais de 400 mil. Isso se deve a essa característica, de um povo simpático mas com seu mundo interior totalmente blindado.
Olhar para Cristo (Filipenses 2. 5-11) e ver sua identificação conosco para trazer-nos a salvação,  nos consola e anima. Pedimos que o Senhor nos faça perseverantes para ser Seus instrumentos no alcance da "Europa profunda".

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