A ESPANHA DOS POVOADOS ESQUECIDOS
Como evangelizar em um contexto de pequenas
cidades
Quando um professor de nossa filha
Maíra descreveu sua cidade, ficamos assombrados: 48 habitantes, com prefeitura
e tudo mais.
Há alguns anos assassinaram um
prefeito espanhol e a polícia encontrou rapidamente o assassino: era seu
principal adversário político. O fator que mais contribuiu para solucionar o
crime foi a quantidade de habitantes da cidade: 40.
95% das cidades espanholas tem menos
de 10 mil habitantes, sendo mais de 80% com menos de 5.000. As cidades entre 10 e 50 mil habitantes
representam a quase totalidade dos maiores consumidores de drogas entre jovens.
Com a crise econômica, a maioria das pequenas (melhor dizer pequeníssimas)
cidades está entrando em colapso.
Ainda que as grandes cidades sejam o
maior cartão postal da Espanha e onde vive a maior parte da população, as bases
culturais e religiosas estão assentadas nas minúsculas cidades, para onde a
maioria das famílias peregrina em seus feriados ou férias anuais.
Nessas cidades estão algumas das
mais famosas festas regionais de cunho religioso e cultural. Muitas delas
sobrevivem do turismo trazido por essas festas e a totalidade de sua população
se mobiliza em massa para a realização de tais celebrações. Os estacionamentos
para a imensa quantidade de carros que se dirigem à essas localidades se
instalam nos arredores das cidades, porque todo o seu centro urbano está
fechado para a festa.
Pelo já exposto, se pode compreender
os naturais desafios para a evangelização nesses contextos. Uma quantidade
pequena de população, onde todos se conhecem, sendo em muitos casos inclusive
parentes, a presença de um forasteiro é amplamente identificada e sua
integração intensamente dificultosa.
Em cidades voltadas para festas
religiosas e culturais medievais, a presença de uma religião sem tradição
espanhola causa muito incomodo e bastante rejeição. A simples pregação do
evangelho provocaria reações negativas não somente quanto à fé, mas também
quanto a economia da cidade e de suas famílias.
Se alia a essas dificuldades na
evangelização o fato de que a maioria das missões não tem interesse em enviar
missionários a pequenas cidades, especialmente porque os resultados numéricos
serão praticamente inexistentes e a perseverança será a principal exigência e
estratégia.
No entanto, enquanto essas regiões
não forem alcançadas, a retroalimentação de um cristianismo sem Cristo e com um
alto conteúdo de superstição e tradição medieval fará com que o evangelho na
Espanha permaneça com características muito similares ao que se tem visto
atualmente.
Temos orado por um avivamento em Espanha. Clamamos
ao Senhor por algo que já vimos na história da igreja evangélica brasileira,
onde se pode constatar, em uma simples viagem, dezenas de igrejas plantadas em
pequenas povoações ao longo da estrada. Pedimos ao Senhor que desperte Seu povo
de uma forma sobrenatural, levantando Seus escolhidos em cada pequena cidade, pois
não temos visto, quanto a estratégias e investimento, um bom desenvolvimento no
missionário neste contexto.
Louvamos a Deus pela visão da
APMT-IPB, que tem investido em pequenas cidades espanholas, sendo um exemplo
para outras igrejas e missões.
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